terça-feira, 3 de junho de 2008

Grão-mestre do Grande Oriente Lusitano quer Maçonaria nas Comemorações do Centenário da República


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António Reis quer que o Grande Oriente Lusitano (GOL) tenha uma palavra a dizer sobre as comemorações do centenário da República. Por isso, no programa para o próximo triénio com que se recandidata a grão-mestre da principal obediência maçónica portuguesa, propõe que seja constituída uma associação nacional que seja interlocutora, em nome do Grande Oriente Lusitano, com a Comissão Nacional nomeada pelo Governo e presidida por Augusto Santos Silva.

O actual grão-mestre, António Reis, que disputará no próximo dia 7 de Junho a sua reeleição frente à candidatura de Filipe Frade, um militar na reserva - ambos se recusaram a falar com o PÚBLICO sobre esta eleição e as propostas que defendem -, sustenta, no documento programático que apresenta como programa de acção, que essa associação deve ser integrada pelo Grémio Lusitano e pelos Centros Republicanos, em representação do GOL, bem como por outras associações da sociedade civil.

Apelando a uma maior mobilização maçónica para as cerimónias anuais do 5 de Outubro, António Reis diz que "importa preparar agora um conjunto de iniciativas que assinalem devidamente a participação decisiva do Grande Oriente Lusitano Unido [GOLU] na Revolução Republicana, bem como a actualidade dos valores republicanos, cuja matriz maçónica é inquestionável".

Assim, se for reeleito, António Reis propõe que nos Encontros Internacionais de Lisboa, organizados pelo GOL, se realize um "grande colóquio sobre as relações entre a maçonaria e a República, não apenas em Portugal". E promete também editar obras sobre o papel do GOLU na revolução.
Ainda no próximo triénio, no que se refere a actividades para o exterior, o grão-mestre cessante promete, se for eleito, organizar "um grande colóquio sobre o tema das desigualdades na sociedade portuguesa". E sublinha que este é "um tema a abordar sob as mais diversas perspectivas: desde a reflexão ética até às suas multímodas manifestações nos planos social, económico, cultural e do género". Para concluir: "Será uma forma de reafirmarmos o nosso empenho num dos princípios que nos é mais caro: o da Igualdade."

Propondo-se prosseguir a "dinamização das Lojas do GOL", António Reis salienta a importância de aumentar o número destas secções internas e de criá-las nos novos centros urbanos que se desenvolveram nas últimas décadas em Portugal. E alerta para que "este novo ambiente gerou e desenvolveu novos grupos sociais, de espírito urbano e liberal, que são a base ideal para o recrutamento maçónico".

Reis promete ainda prosseguir a informatização do GOL, a organização da biblioteca e do arquivo e o investimento no museu, para o qual pretende continuar a adquirir peças, através de compra ou doação. E defende a criação de um fundo de solidariedade para que o GOL possa socorrer financeiramente não só associados que estejam em dificuldades, como grupos sociais e pessoas atingidas por catástrofes
naturais.

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