quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Gnosce te Ipsum


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No Japão, um professor alemão, Herrigel, estava aprendendo a arte do arco-e-flecha com um mestre Zen. Ele se tornou perfeito, 100% perfeito, não errava nenhum alvo.

Naturalmente, ele disse ao mestre:
“Agora o que resta aprender aqui? Posso ir embora agora?”.

O mestre respondeu:
“Você pode ir, mas não aprendeu nem o bê-á-bá da minha arte”.

Herrigel disse:
“O bê-á-bá da sua arte? Mas eu sempre acerto o alvo!”.


O mestre replicou:
“Quem está falando em alvo? Qualquer tolo pode fazer isso, basta praticar. Isso não tem nada de mais; agora é que começa a verdade. Quando o arqueiro pega o arco e a flecha e mira o alvo, há três coisas a ter em conta: uma é o arqueiro, que é o mais fundamental e básico, é a fonte, é a essência; depois há a flecha, que é o que passará do arqueiro para o alvo; e depois há o objetivo, o alvo, o ponto mais distante.

Se você acertou o alvo, apenas atingiu o mais distante, apenas tocou na periferia.

Você precisa tocar na fonte; você apenas se tornou tecnicamente um especialista em atingir o alvo; mas, se estiver tentando penetrar nas águas mais profundas isso não é muito. Você é um especialista, é uma pessoa de conhecimento, mas não de sabedoria. A flecha se movimenta a partir de você, mas você não sabe de que fonte vem a energia que a movimenta, com qual energia.
Como ela se movimenta? Quem a está movimentando? Você não sabe isso pois não conhece o arqueiro.
Você praticou o arco-e-flecha, você acertou no alvo, sua pontaria foi 100% perfeita, você tornou-se eficiente com um nível de perfeição de 100%, mas isso se refere ao alvo.

E você? E o arqueiro? Alguma coisa aconteceu no arqueiro?
Sua consciência mudou um pouco? Não, nada mudou.
Você é um técnico e não um artista.

Você vê as flores de uma árvore, mas esse não é o conhecimento real, a menos que você penetre fundo e conheça as raízes. As flores dependem das raízes; elas nada mais são do que a expressão da essência das raízes. As raízes estão carregando a poesia,a fonte, a seiva que se tornarão as flores, que se tornarão os frutos, que se tornarão as folhas.

E, se você contar continuamente somente com os frutos e as flores e nunca penetrar na escuridão da terra, nunca entenderá a árvore, pois a árvore está nas raízes.”
Lembre-se que o alvo nunca está do lado de fora.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

 R:.L:. Ocidente, G:.O:.L:.

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Simbolismo Maçónico


PREFÁCIO
Estas notas sobre o SIMBOLISMO MAÇÓNICO, destinam-se a instrução maçónica dos  Ob:. da Resp:. L:.Ocidente, e constituem fundamentalmente uma recolha de ideias, opiniões e de saberes de autores consagrados, que tentámos encadear numa perspetiva de desenvolvimento lógico do tema, de acordo com a experiência e sensibilidade do autor.
Havendo uma vasta biblioteca sobre esta parte da ciência maçónica ficou, forçosamente, ao seu livre arbítrio, a escolha das obras que pareceram mais adequadas ao fim em vista.
Se os AAp:. da minha L:. virem neste trabalho alguma utilidade, considerar-nos-emos remunerados pelo esforço desenvolvido com tanto gosto.
Este trabalho tem reconhecidamente defeitos.  Ele pode de facto ser construído melhor. Todavia o prazo por mim próprio imposto não me permitiu fazer as correções que se aconselhavam, mas deixo isso aos AApr :. da minha L:., para além de um desafio é uma proposta de trabalho muito útil nesta fase das suas vidas maçónicas.

Flemming M:.M:.
INTRODUÇÃO
Joaquim Gervásio de Figueiredo, no seu Dicionário de Maçonaria, deixou expresso que a Maçonaria é algo mais importante do que uma simples continuação tradicional das associações operativas medievais e muito menos um agrupamento utilitarista de “clubes para entretenimentos sociais, políticos e comerciais” como alguns a têm entendido. Ler mais »

 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Maçonaria o que é?

A Ordem dos Maçons Livres e Aceitos é uma sociedade secreta, mas aberta a homens de todas as religiões – só não seriam "aceitos" ateus e mulheres (o que hoje só se verifica em certa ortodoxia ultrapassada).

“Para fazer parte dela todo o indivíduo deveria crer em "Deus" e ter uma conduta ética e honesta. Não pode contar o que ocorre nas reuniões e nem se identificar como maçom perante terceiros”. O nome vem do francês maçon, que quer dizer pedreiro. A génese da organização surgiu na Idade Média, época de grandes construções – como castelos e catedrais – sendo uma espécie de embrião dos sindicatos: as chamadas corporações de ofício.

Nelas se reuniam os trabalhadores medievais – como alfaiates, sapateiros e ferreiros, que guardavam suas técnicas a sete chaves. “Os pedreiros, em especial, viajavam muito a trabalho. Por isso tinham uma certa liberdade, ao contrário dos servos, que deviam satisfação ao seu senhor feudal caso quisessem deixar suas terras”.

Daí vem o nome original “maçonaria livre”, ou freemasonry em inglês. Após o final da Idade Média, a maçonaria passou a admitir outros membros, além de pedreiros. Transformou-se, assim, numa fraternidade dedicada à liberdade de pensamento e expressão, religiosa ou política, e contra qualquer tipo de absolutismo/dogmatismo. Deste modo a organização teve forte influência nos bastidores da Revolução Francesa e da independência dos Estados Unidos.

Por muito que custe a certos detractores, na origem da maçonaria está o gérmen da liberdade.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Consumo logo existo


"Vou com frequência a livrarias de shoppings. Ao passar diante das lojas e contemplar os veneráveis objetos de consumo, vendedores se acercam indagando se necessito algo. "Não, obrigado. Estou apenas fazendo um passeio socrático", respondo. Olham-me intrigados. Então explico: Sócrates era um filósofo grego que viveu séculos antes de Cristo. Também gostava de passear pelas ruas comerciais de Atenas. E, assediado por vendedores como vocês, respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz"."

sábado, 9 de outubro de 2010

A busca filosófica como forma de serenar a alma

Nietzsche: "Quem tem por que viver pode suportar quase qualquer como."

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O segredo maçónico é a Egrégora?

Por uma Egrégora

Para início torna-se adequado começar por uma análise etimológica do termo que para alguns tem origem árabe (eg + gregen = o que reúne), grega (egregorein, Velar, vigiar) ou latina (gregariu, donde derivaria também o termo gregário, com o sentido de fazer parte de um conjunto de indivíduos).

Segundo Jules Boucher a Egrégora é “uma entidade, um ser colectivo, originado por uma assembleia, cada loja possui a sua, tal como cada obediência, e a reunião de todas elas constitui a Egrégora maçónica”.

A Egrégora é a “corporização” das energias individuais (físicas, emocionais, mentais) dos que compõem uma assembleia num sentimento e vontade comuns unidas por um mesmo objectivo a atingir.

Atingir este plano é harmonizar as dissonâncias individuais numa melodia colectiva, é constituir um espírito de corpo em que todos os órgãos funcionam para um bem/existência comum. Quando um elemento da estrutura padece de um mal é no todo que tal se reflecte. É na cumplicidade/sentido de verdadeira irmandade entre seus membros, que nasce a capacidade de gerar paz, evolução espiritual e conhecimento aos que dessa cumplicidade usufruem. Conforme à palavra de Cristo no evangelho de S. Mateus: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, eu estarei entre eles”... A Egrégora permite, assim, atingir um plano de consciência superior... De comunhão mesmo com o divino...

A aprendizagem, viagem iniciática do aprendiz, é um passo fundamental à sua formação pessoal e da estrutura em que se integra... À criação da Egrégora... Que este modesto trabalho possa contribuir para tão nobre realidade.

O todo Humano não é mera adição de partes se entre elas não existir Amor Fraterno


David, M:.M:.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pessoa e Crowley encontraram-se no dia 23 de Setembro

Em Setembro de 1930, Aleister Crowley chega inesperadamente à cidade de Lisboa, com o pretexto de conhecer Fernando Pessoa, com quem se corresponde há algum tempo, em torno dos interesses comuns em astrologia e esoterismo. É o poeta que o recebe no Cais da Rocha do Conde de Óbidos. Pouco mais se sabe, com segurança, sobre o que se passou entre eles. Crowley, conhecido por muitos como a Besta 666, é uma das figuras mais enigmáticas do seu tempo. Expulso de Itália por Mussolini, sobre ele recaem as acusações de culto ao demónio e práticas de magia negra. Dias depois da sua chegada a Lisboa, o mágico ocultista vai a Sintra jogar uma misteriosa partida de xadrez e desaparece nos penhascos da Boca do Inferno, deixando atrás de si uma críptica nota de suicídio. A imprensa agita-se com o seu desaparecimento e as informações contraditórias que surgem a propósito. Cresce a especulação em torno do envolvimento de Pessoa na suposta encenação macabra.

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