terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Flor da Vida/Flower of Life

http://www.tglass.net/TGlass/Mandala/Flower%20of%20Life.jpg
A “Flor da Vida” é uma representação geométrica, com (6) seis mil anos,composta de múltiplos círculos sobrepostos organizados em forma de um padrão em “Flor” aliada a um sistema de crenças, e pode ser encontrada, por exemplo, nas religiões mais significativas do mundo. Estes padrões geométricos/matemáticos são percepcionados como sagrados pois ao serem contemplados é como se contemplássemos a origem de todas as coisas. Estudando a natureza destas formas e suas interligações somos conduzidos à compreensão intuitiva (na perspectiva científica, filosófica, psicológica, estética, mística) das leis do universo.

Outro exemplo daquilo que pode derivar da “Flor da vida” é a “Árvore da Vida”, no que concerne à Kabala… Ou ainda uma representação dos sete dias da criação, na qual Deus criou a Vida, Genesis 2:2-3, Exodo 23:12, 31:16-17, Isaias 56:6-8, ou também os anéis de “Borromean” que representam a santíssima trindade.


http://www.bioquest.org/summer2003/images/borromean_rings.gifhttp://bio.math.berkeley.edu/classes/195/2000/lec3/BorromeanRings.gif

A “Flor da Vida” é um dos mais antigos símbolos e tem tido uma importante significação simbólica através dos tempos sendo encontrado em templos, arte, manuscritos, em culturas em todo o mundo…

http://www.rebirthingnyc.com/images/tree-of-life_flower-of-life_stage.jpg

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domingo, 21 de dezembro de 2008

Kybalion e a busca da Gnose

"O Kybalion", obra de Filosofia Hermética, é um texto de 1912 que tem a pretensão de reclamar ser a essência dos ensinamentos de Hermes Trimegisto, tendo sido publicado anonimamente (por pessoa ou grupo) sob o pseudónimo "Os três iniciados".

Esta obra pretende, então, ser uma colectânea do pensamento Hermético de tradição egípcia, grega e, por fim, romana, uma busca das leis misteriosas do absoluto (Sete leis do Kybalion) princípios (=arcanos= o que é misteriosos e está guardado, vedado ao olhar imediato mas alcançável) da Gnose (=conhecimento). (Ler original aqui)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A tradição Maçónica-Reportagem TVI


http://acpc.bn.pt/imagens/colecoes/n47_maconaria.jpg

Uma preciosidade histórica demonstrativa da resistência dos maçons à maledicência

Diz uma velha regra de bom senso, que aprendi e partilho amiúde com meus discípulos, que as coisas não são boas ou más... A bondade é uma qualidade humana, resulta do dinamismo da vontade que imprime a intencionalidade da acção dirigindo-a para o melhor/pior, naquilo a que a nossa espécie já mostrou ser capaz. Na mão do Homem, a razão aplicada aos objectos pode tornar estes em artefactos de guerra, ou paz... É a qualidade dos homens que importa avaliar... Os objectos, em si mesmos, são neutros... A significação que ganham é nossa...

A maçonaria, ou qualquer outra actividade em que a razão humana se empenhe, depende dos princípios que defende, dos objectivos a que se propõe e da acção que manifesta. A irmandade, que denominamos de maçonaria, tem, em primeiro lugar, o objectivo de desenvolver os conhecimentos, a moral, e a sensibilidade de quem a ela pertence para, seguidamente, fazer de cada um dos seus membro um exemplo para a sociedade.

À
maçonaria pertenceram/pertencem os mais ilustres membros da comunidade humana... Que outros, de perfil mais questionável, partilhem essa filiação nunca poderá servir de argumento nem contra a instituição nem contra os que nela (esmagadora maioria) são exemplo de livre, sóbria, e irrepreensível conduta. É aceitável punir/denegrir toda uma família pelas acções de um/alguns dos seus membros?

Que objectivos determinam grupos de homens a reunir-se regularmente, desde tempos antigos, e aí debaterem filosofia/sentido da existência humana e os alquímicos mistérios da Natureza? Algo muito divergente da vontade de poder mas muito próximo de um aprimoramento do poder da Vontade...

David

sábado, 6 de dezembro de 2008

Templo de Salomão



Descoberto vestígio do primeiro Templo de Salomão em Jerusalém
2003-01-14 22:04:31
A agência Lusa revela que “uma placa de pedra negra contendo uma inscrição fenícia atribuída ao rei judeu Jehoash, que reinou em Jerusalém no fim do século IX a.c., foi autenticada por peritos”, citando a edição de 13 de Janeiro do jornal israelita Haaretz.

Segundo o jornal, esta inscrição de dez linhas escrita na primeira pessoa dá conta de "reparações ordenadas no Templo" de Salomão pelo rei Jehoash e assemelha-se muito a uma passagem do II Livro dos Reis da Bíblia (capítulo 12).
O fragmento foi aparentemente descoberto durante importantes trabalhos de escavação efectuados pelos muçulmanos nos últimos anos no Monte do Templo de Jerusalém, o local mais sagrado do judaísmo.
Ainda segundo o diário Haaretz, este fragmento foi autenticado por especialistas de um instituto de pesquisas especializado do Ministério das Infra-estruturas Nacionais.
"Se esta verificação for confirmada, trata-se de uma matéria da maior importância, que poderá ser a maior descoberta arqueológica efectuada em Jerusalém e Israel", afirmou M. Gabriel Barkai, considerado uma sumidade entre os arqueólogos israelitas.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

História da Alquimia

Este é um artigo sobre Evolução Histórica da Alquimia. Aproveite também para conhecer alguns produtos relacionados ao caminho da mão esquerda.

A origem da alquimia se perde no tempo, sendo mais antiga do que a história da humanidade. Seu verdadeiro início é desconhecido e envolto em obscuridade e mistério. Assim, seu surgimento confunde-se com a origem e evolução do homem sobre a Terra.

A utilização e o controle do fogo separou o animal irracional do ser humano. Nos primórdios, não se produzia o fogo, porém ele era controlado e utilizado para aquecer, iluminar, assar alimentos, além de servir para manejar alguns materiais, como a madeira. Bem mais tarde conseguiu-se produzir e manufaturar materiais com metal, a partir de metais encontrados na forma livre e posteriormente partindo dos minérios.

Muitos associam a origem da alquimia a herança de conhecimentos de uma antiga civilização que teria sido extinta. Na Terra, já teriam existido inúmeras outras civilizações em diversas épocas remotas, dentre elas várias eram mais evoluídas que a nossa. Estas civilizações tiveram uma existência cíclica, com o nascimento, desenvolvimento e morte ocorrida provavelmente por meio de grandes catástrofes, como a queda de um grande meteoro, inundações, erupções vulcânicas, dentre outras que acabavam por reduzir grandes civilizações a um número ínfimo de sobreviventes ou mesmo por dizimá-las, fazendo com que uma nova civilização brotasse das cinzas. Os conhecimentos sobre a alquimia estariam impregnados no inconsciente coletivo de todas as civilizações até hoje ou poderiam ter sido transmitidos pelos poucos sobreviventes, desta maneira a alquimia teria resistido ao tempo.

Os textos chineses antigos se referem as "ilhas dos bem aventurados" que eram habitadas por imortais. Acreditava-se que ervas contidas nestas três ilhas após sofrerem um preparo poderiam produzir a juventude eterna, seria como o elixir da longa vida da alquimia.

No ocidente, o Egito é considerado o criador da alquimia. O próprio nome é de origem árabe (Al corresponde ao artigo o), com raiz grega (elkimyâ). Kimyâ deriva de Khen (ou chem), que significa "o país negro", nome dado ao Egito na antigüidade. Outros acham que se relaciona ao vocábulo grego derivado de chyma, que se relaciona com a fundição de metais.

Os alquimistas relacionam a sua origem ao deus egípcio Tote, que os gregos chamavam de Hermes (Hermes Trimegisto). Alguns alquimistas o considerava como um rei antigo que realmente teria existido, sendo o primeiro sábio e inventor das ciências e do alfabeto. Por causa de Hermes a alquimia também ficou conhecida como arte hermética ou ciência hermética.


Os relatos mais remotos de doutrinas que utilizavam os preceitos alquímicos, remontam de uma lenda que menciona o seu uso pelos chineses em 4.500 a.C. Ao que parece ela teria aflorado do taoísmo clássico (Tao Chia) e do taoísmo popular, religioso e mágico (Tao Chiao). Porém os textos alquímicos começaram a surgir na dinastia T'ang, por volta de 600 a.C. Na China, o mais famoso alquimista foi Ko Hung (cujo nome verdadeiro era Pao Pu-tzu, viveu de 249-330 d.C.) que acreditava que com a alquimia poderia superar a mortalidade. Atribui-se a ele a autoria de mais de cem livros sobre o assunto, dos quais o mais famoso é "O Mestre que Preserva sua Simplicidade Primitiva".

Teria aprendido a alquimia por volta de 220 d.C com Tso Tzu. O tratado de Ko Hung, além da alquimia trata também da ciência da alma e das ciências naturais. Sua obra trata tanto do elixir da longa vida bem como da transmutação dos metais. Até então a alquimia chinesa era puramente espiritual e foi Ko Hung que introduziu o materialismo, provavelmente devido a influências externas. Ela foi influenciada também pelo I Ching "O livro das Mutações". Posteriormente seguiu a escola dos cinco elementos, que mesmo assim permaneceu quase que completamente mental-espiritual.

Na China a alquimia também ficou vinculada à preparação artificial do cinábrio (minério do qual se extraía o mercúrio - sulfeto de mercúrio), que era considerado uma substância talismânica associada a manutenção da saúde e a imortalidade. A metalurgia, principalmente o ato da fundição, era um trabalho que deveria ser realizado por homens puros conhecedores dos ritos e do ofício. A transformação espiritual era simbolizada pelo "novo nascimento", associada a obtenção do metal a partir do minério (cinábrio e mercúrio).

A filosofia hindu de 1000 a.C. apresentava algumas semelhanças com a alquimia chinesa, como por exemplo o soma cujo conceito assemelhava-se ao do elixir da longa vida. No Egito a alquimia teria surgido no século III d.C. e demonstrava uma influência do sistema filosófico-religioso da época helenística misturando conhecimentos médicos com metalúrgicos. A cidade de Alexandria era o reduto dos alquimistas. O alquimista grego mais famoso foi Zózimo (século IV), que nasceu em Panópolis e viveu em Alexandria, escreveu uma grande quantidade de obras. Nesta época, várias mulheres dedicavam-se a alquimia, como por exemplo Maria, a judia, que inventou o um banho térmico com água muito utilizado nos laboratórios atualmente, o "banho-maria", Kleopatra que possivelmente não seria a Rainha Cleópatra, Copta e Teosébia. Os persas conheciam a medicina, magia e alquimia. A alquimia possuía um pouco da imagem da população de Alexandria, era uma mistura das práticas helenísticas, caldaicas, egípcias e judaicas.

Alexandre "o Grande" foi quem teria disseminado a alquimia durante suas conquistas aos povos Bizantinos e posteriormente aos Árabes. Os árabes, sob a influência dos egípcios e chineses, trouxeram a alquimia para o ocidente ao redor do ano de 950, inicialmente para a Espanha. Construíram-se escolas e bibliotecas que atraiam inúmeros estudiosos. Conta-se que o primeiro europeu a conhecer a alquimia foi o teólogo e matemático monge Gerbert que mais tarde tornou-se papa, no período de 999/1003, com o nome de Silvestre II. Na Itália Miguel Scott, astrólogo, escreveu uma obra intitulada De Secretis em que a alquimia estava constantemente presente. No século X, a alquimia chinesa renunciou a preparação de ouro e se concentrou mais na parte espiritual. Ao invés de fazerem operações alquímicas com metais, a maioria dos alquimistas realizavam experimentos diretamente sobre seu corpo e espírito. Esta retomada a uma ciência espiritual teve como ponto culminante no século XIII com o taoísmo budaizante, com as práticas da escola Zen.

A alquimia deixou muitas contribuições para a química, como subproduto de seus estudos, dentre eles podemos citar: a pólvora, a porcelana, vários ácidos (ácido sulfúrico), gases (cloro), metais (antimônio), técnicas físico-químicas (destilação, precipitação e sublimação), além de vários equipamentos de laboratório. Na China produzia-se alumínio no século II e a electricidade era conhecida pelos alquimistas de Bagdá desde o século II a.C.

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Alquimia e Psicologia

Unus Mundus

Jung costuma ser severamente criticado pelos alquimistas tradicionais, como Eugene Canseliet, Titus Burckhardt ou Julius Évola, por causa de sua hipótese de que os alquimistas projectavam sobre a matéria os conteúdos de seu inconsciente. Alchemy_2É essa hipótese, apresentada em Psicologia e Alquimia, que justifica a utilização que Jung faz do simbolismo alquímico para elucidar os sonhos e fantasias de seus pacientes. Reciprocamente, é ela também que serve de base para a interpretação dos textos alquímicos nos termos da psicologia analítica. O que os alquimistas não gostam nessa visão é que ela pressupõe uma ingenuidade por parte do alquimista que, sem saber o que estava fazendo, exteriorizaria o desconhecido em si mesmo (a psique inconsciente) sobre o desconhecido no mundo (a estrutura da matéria).

A objeção de um Canseliet ou um Évola é que os alquimistas sabiam muito bem o que estavam fazendo. Khunrathprayingalchemist Com excepção dos sopradores, que é como os alquimistas conhecem os intrometidos que se metem no laboratório sem nenhum conhecimento concreto e se metem a experimentar a torto e a direito, frequentemente com resultados desastrosos, os filósofos herméticos sempre tiveram plena consciência da dimensão espiritual do opus. O que lhes permitia agir sobre as substâncias materiais a fim de transformar sua psique era a premissa de que existe uma unidade fundamental entre psique e matéria e, consequentemente, uma correspondência entre os elementos físicos e a natureza psicofisiológica do ser humano.

É uma crítica pertinente. Qualquer um que se debruçar sobre a literatura alquímica terá a impressão de que os alquimistas podem ser tudo - maliciosos, subtis, enganadores - menos ingênuos. Ao mesmo tempo, curiosamente, é uma crítica que erra o alvo, porque trai um conhecimento superficial da psicologia junguiana.

Esse desconhecimento é compreensível. Jung não é um autor fácil. Seu estilo denso, carregado de alusões e referências, que servem para fundamentar um raciocínio tortuoso, não-linear, transforma os textos junguianos em um labirinto quase tão impenetrável quanto os livros de Fulcanelli, uma selva repleta de armadilhas nas quais, não raro, os próprios junguianos mergulham de cabeça, levados pelo afã de sistematizar um pensamento não-sistemático. Seria pedir muito que, além do trabalho de decifrar as obscuras parábolas de um Irineu Filaleto ou um Basílio Valentim, o estudioso de alquimia também se dedicasse a elucidar os meandros da teoria junguiana. Se o fizesse, porém, perceberia que a visão que Jung tinha da alquimia está bem mais próxima da alquimia tradicional do que parece à primeira vista.

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