quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Landmarks e Constituições de Anderson

Landmarks são os princípios imutáveis aceites pelas Obediências de tipo anglo-saxónico como bases estruturais de toda a Maçonaria. Estes landmarks, cuja origem se deve, provavelmente, a influência bíblica (Deut., XIX, 14: "não tomarás nem mudarás os limites do teu próximo que os antigos estabeleceram na tua propriedade (...); Prov., XXII, 28: "não transgredirás os antigos limites que puseram os teus pais"), nunca conheceram compilação unanimemente aceite e autorizada, que pudesse funcionar como "declaração de princípios" da Maçonaria. As duas compilações mais célebres e citadas são a do norte-americano Albert Mackey (1856) e a da Grande Loja Unida de Inglaterra (1929), que indicam os landmarks seguintes:(Clique aqui para ler o resto)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Ser Maçom

O trabalho que faz a Maçonaria, é dar ao homem, como exemplo, lição e ensinamento, o humilde e resplandecente símbolo da pedra bruta que é necessário desbastar e polir para torná-la, própria a construção do grande Templo Ideal.

O bom Maçom compreende bem a Arte Real e segue seus preceitos, pois não se contentará em discutir problemas e remoer ideias, mas trabalhará para a própria educação intelectual e moral, esforçar-se-á para se aprimorar, corrigir seus defeitos e fraquezas humanas, evitará fazer juízos temerários e cometer erros, alimentar o egoísmo e a cobiça, a vaidade e a cólera, a malevolência e o rancor; procurará realizar em si mesmo e nos outros, o bom senso, a razão e a sabedoria, pois compreende que não passa de um grão de areia no grande edifício da Humanidade e quer que a água benfazeja, somatório de todas as gotas individuais da torrente da vida, possa saciar a sede e fecundar o Futuro.

A PEDRA CÚBICA NA MAÇONARIA

PEDRA BRUTA ou TOSCA.
1 - A pedra bruta dos maçons corresponde à matéria-prima dos hermetistas. Simboliza a personalidade rude do Aprendiz, cujas arestas ele aplana, e que lhe cabe disciplinar, educar e subordinar à sua vontade. É a imagem alegórica do profano antes de ser instruído nos mistérios maçônicos, e como tal, figura em terceiro lugar entre os objetos emblemáticos que devem estar sempre representados no quadro ou painel do 1º grau. Nos templos simbólicos se coloca perto e à esquerda da coluna B, junto com um cinzel e malho tosco, e no Rito Francês, junto à coluna J. A tarefa do Aprendiz consiste em trabalhar e estudar para adquirir o conhecimento do simbolismo do seu grau e da respectiva interpretação filosófica.

Designa-se este trabalho como desbastar a pedra bruta até torná-la um cubo, ainda que imperfeito, Assim, tão logo haja o candidato recebido a primeira luz e o Orador completado a sua instrução, o Venerável dispõe que o neófito entre em cheio em atividade, começando pela verificação do seu primeiro trabalho.

Acompanha-o então o irmão Experto, ou o Mestre de Cerimônias, até a pedra bruta, e entregando-lhe um malho, ensina-o a dar os três golpes misteriosos com os quais deverá chamar no futuro nas portas dos templos, e cujo significado lhe vai explicando: "Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á" (Mat. 7:7). Mas também, se o neófito claudicar em seus esforços ou sinceridade, terá o inverso: "Pedis, e não recebereis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites" (Tiago 4:3).
2 - Nas reuniões da mesa da Maçonaria Azul, ao pão se denomina pedra bruta ou tosca.

PEDRA CÚBICA.
1 - Se a tarefa do Aprendiz foi "desbastar" a pedra bruta com o malho e o cinzel e ajuda da régua, a tarefa do Companheiro será "poli-la" com o auxílio do esquadro, nível e prumo, para torná-la cúbica, pois desde tempos imemoriais o cubo perfeito simbolizou os setes angelicais, a alma de configuração emotiva harmoniosa.

O Aprendiz disciplinou o descontrolado corpo físico com a energia de sua vontade; o Companheiro disciplinará as suas emoções, o veiculo emocional, através do conhecimento bem medido, equilibrado e correto, aprendendo a "geometrizar", a imprimir curvas e nuances delicados e suaves em seu "psique", em sua natureza emocional.

Assim fará de seu eu um "cubo perfeito", apto a ser empregado na ereção do templo constituído por uma humanidade o mais possível perfeita.
2 - Entre os emblemas representados no painel, nos templos se acha colocada :
a) no Rito Escocês Antigo e Aceito, à direita e junto da coluna J∴ e debaixo da Abóbada Sagrada do grau 14;
b) no Rito Moderno Francês, à direita e junto da coluna R∴.
3 - Entre os Eleitos dos Nove, no Rito Escocês Antigo e Aceito, representa a parte da ágata quadrangular, em que Salomão mandou esculpir as palavras da Arte Real.

PEDRA CÚBICA PIRAMIDAL ou PUNTIAGUDA.
É um cubo com uma pirâmide superposta, cujo simbolismo se acrescenta ao primeiro. Com outras novas superfícies, reúne em si a perfeição do cubo e a ascensão harmônica da pirâmide de base quadrangular.

Abrindo o cubo e a pirâmide, estendendo seus braços e superpondo os da segunda aos do primeiro, obtém-se a união das duas cruzes com duplo símbolo da matéria e força, forma e vida, Natureza e Divindade; a primeira formada pelos cinco quadrados ou superfícies inferiores do cubo, e a segunda, pelos quatro triângulos da pirâmide.

A cruz engendrada do cubo, de braços quadriláteros, é a da natureza física, que comumente se admite como decomponível em cinco elementos: terra, ar, fogo e éter; e a derivada da pirâmide, de braços triangulares ou ternários emanando de um ponto central (o vértice da pirâmide), é a cruz filosófica ou espiritual (a cruz de Malta), expressão tetrágona da Trina Divindade "crucificada" na matéria, para, por Seu "sacrifício", dominá-la, espiritualizá-la e convertê-la num perfeito veículo da Vida Divina, o Espírito.
Por ser um dos emblemas mais sugestivos e fundamentais da Maçonaria, convém fazer aqui uma descrição sucinta dessa pedra e seu simbolismo.


I. Uma de suas faces laterais, a esquerda, se acha dividida em 100 casinhas que contêm os hieróglifos e as letras alfabéticas que os representam e lhes correspondem. Em sua parte superior se encontram os níveis para significar que é a instrução o que iguala os homens, e não a sua posição social.

II. A segunda face, a anterior ou fachada, contém 81 casinhas ou quadrado de 9. Nelas estão as letras componentes das palavras misteriosas dos graus simbólicos, do 1º ao 15º grau do Sistema Escocês professado pelo Grande Oriente da França. As 16 casinhas triangulares na face triangular superior ocupam um grande triângulo, o Delta, emblema da Divindade, representado no Oriente da Loja sob o dossel que cobre o trono do Venerável, com os caracteres hebraicos do inefável nome do G∴ A∴ D∴ U∴, e o Tetragramaton IHVH que Salomão esculpiu no precioso Delta consagrado à Sabedoria. Os dois querubins que figuram nos lados do triângulo são os referidos no Antigo Testamento como os guardiões da glória e sabedoria divinas. (Êxodo 25:20.)

III. A terceira face, a direita, contém os sinais numéricos dos antigos, contidos na chave egípcia composta de um quadrado perfeito dividido em oito partes triangulares por duas linhas perpendiculares entre si e duas diagonais de ângulo a ângulo. Contém ainda quatro círculos concêntricos e os quatro quadrados representando as quatro regiões conhecidas na Antigüidade (a terra, o mundo astral, o céu inferior e o céu superior); os quatro pontos cardeais e as quatro estações do ano. Em cima está o Triângulo, símbolo do Supremo Arquiteto do Universo, decorado com os instrumentos primitivos empregados no estudo das matemáticas.

IV. A quarta face, a posterior, contém um grande círculo dividido em 350 graus, que o sol percorre cada vinte e quatro horas. Inscritos nesse círculo estão três triângulos formando 27 casinhas contendo todos os princípios conhecidos. No triângulo ao alto se vêem os símbolos astrológicos dos sete planetas da antigüidade: Sol, Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno; sobre os dois lados desse triângulo se notam os instrumentos dos antigos cultos ou sacrifícios, e na sua base estão os dois semicírculos representando a dualidade básica do universo: a Dívíndade e a Natureza.

V. Na quinta face, a superior, brilha a Estrela Flamígera, o símbolo máximo da Divindade, exposto nos três primeiros graus. Ocupa a parte mais elevada da pedra cúbica, porque é das alturas, do zênite da glória, que o Supremo Arquiteto governa e ilumina os Seus Universos.

PEDRA DE FUNDAÇÃO.
É o símbolo mais importante do grau do Real Arco, e que se não deve confundir com outros símbolos de pedra, como, por exemplo, a pedra angular e a chave do arco ou aduela. Antes de tudo, este símbolo deve ser aceito como puramente alegórico, pois sua interpretação literal daria lugar a "absurdos e puerilidades". Como diz o Dr. Mackey, isto "não ocorreria se tomasse a Pedra de Fundação tal qual ela o é realmente: um mito filosófico que encerra um belo e profundo simbolismo.

Lida desta maneira - como se devem ler todas as lendas maçônicas - a história mística da Pedra de Fundação se nos revela como um dos mais importantes e sugestivos símbolos da Maçonaria". (Wilmshurst, The Symbolism of Freemasonry, p. 283.) Referem as lendas talmúdicas haver Enoque construído no monte Mariah um templo subterrâneo, que constava de nove abóbadas ou subterrâneos, colocados uns abaixo dos outros, os quais se intercomunicavam por aberturas deixadas em cada abóbada. Na abóbada inferior depositou uma pedra cúbica, chamada depois Pedra de Fundação, sobre a qual se havia inscrito o inefável nome de Deus.

Depois construiu uma porta de pedra, com um anel de ferro, e colocou-a sobre a abertura do primeiro arco, cobrindo-a de modo que não se pudesse descobri-la. Com o dilúvio universal, os homens esqueceram o lugar onde se achava o templo subterrâneo, mas quando Davi mandou escavar para assentar os cimentos do Templo, descobriu no mais profundo da escavação a pedra em que estava gravado o nome de Deus, e logo colocou essa pedra no Santuário.

Era uma concepção favorita entre os talmudistas que Davi assentara os cimentos sobre os quais Salomão edificou seu templo. A tradição maçônica ë idêntica à talmúdica, exceto que afirma haver sido Salomão e não Davi o descobridor da pedra. Uma interpretação filosófica dessa lenda é que o templo subterrâneo simboliza nossa personalidade mortal, limitada por camadas (abóbadas) de imperfeições, porém transponíveis ou vencíveis pela vontade humana.

A pedra cúbica depositada em seu interior é a Alma, o Ego, relicário das potencialidades divinas (Nome Inefável ou Verbo, a Palavra Perdida), e por um esforço introspectivo pode o homem mergulhar até o fundo de seu interior, reencontrar o seu Eu divino, e depois, por um esforço extrovertido, retornar ao mundo, pois descobriu a Palavra Perdida, a mais divina de seu próprio Ser, do qual jamais se separará, e "passeará" entre os homens iluminando-os.

PEDRA DOS AUSPÍCIOS
Pedra consagrada, que se colocava nos alicerces dos templos erigidos em Roma, costume esse ainda adotado na edificação dos seus templos.

PEDRA FILOSOFAL
1 - Também denominado "pó de projeção", é o Magnum Opus (Obra-Prima) dos alquimistas, objetivo que devem alcançar a todo custo; uma substância que, segundo eles, tem a virtude de transmutar em ouro puro os mais vis metais.
2 - Mìsticamente simboliza a transmutação da natureza animal e inferior do homem na natureza divina e mais elevada.

sábado, 20 de outubro de 2007

Fernando Pessoa fala da Maçonaria

Este é um trecho do artigo que Fernando Pessoa publicou no Diário de Lisboa, no 4.388 de 4 de Fevereiro de 1935, contra o projecto de lei, do deputado José Cabral, proibindo o funcionamento das associações secretas, sejam quais forem os seus fins e organização. (Clique aqui para ver) obviamente que tal projecto tinha em mente a Maçonaria Portuguesa)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

História da Maçonaria em Portugal

A Maçonaria em Portugal, como estrutura organizada e independente, começou em 1802. Um dos artífices dessa construção foi Hipólito José da Costa que negociou em Londres a carta patente que permitiu a instalação do Grande Oriente Lusitano. A obra básica para a elaboração deste trabalho foi a escrita por A. H. de Oliveira Marques, História da Maçonaria em Portugal, vol. 1, Das Origens ao Triunfo (Lisboa: Editorial Presença, 1990), para onde remetemos o leitor para complementos bibliográficos.

Embora a Maçonaria em terras lusas tivesse o seu aparecimento com a criação de uma loja de comerciantes e mercadores, inicialmente ligados a Inglaterra ou seus súbditos, que funcionava em Lisboa desde 1727-28 (fundada pelo inglês Dugood) sabe-se muito pouco sobre o seu início. Em 1735 a Grande Loja de Londres autorizou a sua regularização oficial. Foi seu instalador George Gordon, matemático e escritor, que se deslocou a Lisboa, para esse efeito, no verão desse mesmo ano de 1735. A loja recebeu o número oficial de 135, dentro do quadro das oficinas dependentes de Londres, alterado depois, devido a uma reestruturação dos quadros britânicos, para o número 120. Só foi abatida oficialmente em 1755, embora provavelmente não funcionasse desde havia algum tempo. Ficou conhecida como a "loja dos hereges mercantes", dado ser formada, na sua quase totalidade, por protestantes. (Clique aqui para ler o resto)

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

A Origem do Rito Escocês

Ao contrário do que vulgarmente se acredita, o RITO ESCOCÊS nada tem a ver com o Estado da ESCÓCIA, pois na época do aparecimento deste rito, as Lojas de lá trabalhavam no Rito de YORK, como em toda a Grã-Bretanha. Afirmam certos historiadores tradicionais, mas sem jamais terem podido comprová-lo ou documentá-lo, que a criação de graus "inefáveis" deste rito se teria procedido logo depois da terminação da primeira Cruzada (1099 D.C.), na Escócia, na França e na Prússia, simultaneamente.

Mas tudo isto é pura fantasia, bastando dizer que a Prússia então, como Estado, ainda nem existia. Houve, isso sim, a criação de inúmeros "títulos" honoríficos de "Ordens de Cavalaria", mas estas nada tinham a ver com a Maçonaria. É muita vontade de criar uma falsa antiguidade, hoje em dia muito usual na Arte Real, e muito similar, à ideia de ANDERSON, ao publicar, depois de sua famosa CONSTITUIÇÃO DE 1723, uma nebulosa "HISTÓRIA PATRIARCAL DA MAÇONARIA" (começando em 3785 A. C. E terminando na Inglaterra em 1714 DC). (Clique aqui para ler o resto)

Bases da Maçonaria

LANDMARKS


1. A Maçonaria é uma fraternidade iniciática que tem por fundamento tradicional a fé em Deus, Grande Arquitecto do Universo.

2. A Maçonaria refere-se aos "Antigos Deveres" e aos "Landmarks" da Fraternidade, especialmente quanto ao absoluto respeito das tradições específicas da Ordem, essenciais à regularidade da Jurisdição.

3. A Maçonaria é uma ordem, à qual não podem pertencer senão homens livres e de bons costumes, que se comprometem a pôr em prática um ideal de paz.

4. A Maçonaria visa ainda, pelo aperfeiçoamento moral dos seus membros, o da humanidade inteira.

5. A Maçonaria impõe a todos os seus membros a prática exacta e escrupulosa dos ritos e do simbolismo, meios de acesso ao conhecimento pelas vias espirituais e iniciáticas que lhe são próprias.

6. A Maçonaria impõe a todos os seus membros o respeito das opiniões e crenças de cada um. Ela proíbe-lhes no seu seio toda a discussão ou controvérsia, política ou religiosa. Ela é ainda um centro permanente de união fraterna, onde reinam a tolerante e frutuosa harmonia entre os Homens, que sem ela seriam estranhos uns aos outros.

7. Os Maçons tomam as suas obrigações sobre um volume da Lei Sagrada, a fim de dar ao juramento prestado por eles o caráter solene e sagrado indispensável à sua perenidade.

8. Os Maçons juntam-se, fora do mundo profano, nas Lojas onde estão sempre expostas as três grandes luzes da Ordem: um volume da Lei Sagrada, um esquadro, e um compasso, para aí trabalhar segundo o rito, com zelo e assiduidade e conforme os princípios e regras prescritas pela Constituição e os Regulamentos Gerais de Obediência.

9. Os Maçons só devem admitir nas suas lojas Homens maiores de idade, de perfeita reputação, gente de honra, leais e discretos, dignos em todos os níveis de serem bons irmãos e aptos a reconhecer os limites do domínio do Homem e o infinito poder do Eterno.

10. Os Maçons cultivam nas suas Lojas o amor da Pátria, a submissão às leis e o respeito pelas autoridades constituídas. Consideram o trabalho como o dever primordial do ser humano e honram-no sob todas as formas.

11. Os Maçons contribuem pelo exemplo activo do seu comportamento são, viril e digno, para irradiar da Ordem no respeito do segredo maçónico.

12. Os Maçons devem-se mutuamente, ajuda e protecção fraternal, mesmo no fim da sua vida. Praticam a arte de conservar em todas as circunstâncias a calma e o equilíbrio indispensáveis a um perfeito controle de si próprio.


Copyright © Junho de 2007 Todos os direitos reservados a
Loja Maçónica Esperança Universal



Nascimento da Maçonaria em Portugal

A instituição Maçónica é uma ordem que visa, entre tantas coisas que a caminhada de cada maçom vai descobrindo, a evolução pessoal em comunhão com o outro, numa permanente busca da excelência. Tal pressupões um constante trabalho filosófico, de reflexão e/ou questionamento, que acaba por se reflectir na própria sociedade.

Como afirmou Descartes uma sociedade é tanto ou mais evoluída quanto aí os Homens melhor filosofarem. É com vista ao desenvolvimento integral da pessoa humana, e da sociedade que a Maçonaria Universal desenvolve a sua actividade permitindo a integração selecta nas suas fileiras daqueles que se identificam com tão nobres ideiais. Sobre o desenvolvimento da Maçonaria em Portugal consultar este link (Clique aqui)

Portugal, Maçonaria e Portugueses Ilustres

Num momento de particular interesse pela temática da Maçonaria Universal, onde tantas vezes se joga a desinformação contra a Augusta ordem, em que faltando subtância nos argumentos resta a insidiosa intriga, é interessante constactar como foram tantos os Maiores da cultura universal que aderiram aos ideias maçónicos. Um exemplar caso de Grande Homem, Grande Maçom, é a figura de Vitorino Nemésio que em 1923 ingressa na Maçonaria, na loja Revolta, de Coimbra. (Clique aqui para ver artigo completo)

Um qualquer estudo, mesmo que singelo, mostra como tantos dos grandes vultos da cultura se deixaram entranhar pelo espírito maçónico. É por isso que a instituição sobrevive, porque dela fazem parte os que se distinguem pela excelência, o que lhe dá a força e superior consistência moral.

A Maçonaria em Portugal

La Historia en breve: Portugal

La primera Gran Logia de Portugal, creada en 1804, tuvo por Gran Maestre a José de Sampaio e Mello Castro y como Gran Orador a José Liberato, fraile agustino del convento lisboeta de San Vicente. Se crearon, a continuación, otras logias en Oporto y Santarem, en un ambiente de moderada libertad que
perduró hasta 1815, fecha del Congreso de Viena, en el que las potencias conservadoras europeas convinieron la represión de cualquier movimiento liberalizador que pudiera evocar el bonapartismo. La utilización por Napoleón de los conocimientos y capacidades de notorios masones, sobre todo en su reorganización de los países de la Europa meridional, acarreó a la Masonería la animadversión de casi todas las monarquías conservadoras, que la identificaban con el ideario de la Revolución francesa.

En 1817 fué ahorcado el Gran Maestre Gomes Freire de Andrade y en aquel mismo año fué prohibida la Masonería en Portugal. Al igual que en España, se produjo un movimiento liberal en 1820 que hizo posible el regreso de los masones exiliados, siendo elegido Gran Maestre Cunha Soto-Maior en 1820 y Silva Carvalho, en 1823, bajo la corona de Juan VI , retornado del Brasil e instalado en el trono por los liberales. Ello permitió reagruparse a los masones, que dieron a la Gran Logia el nuevo nombre de Gran Oriente Lusitano, adoptando el Rito Francés. Sin embargo, duró poco la buena voluntad de D.Juan y aún fueron peor las cosas con su sucesor, Miguel I, debiendo entonces exiliarse de nuevo numerosos masones portugueses, hasta que la revolución de 1833 colocó en el trono a D. Pedro I, tambien retornado del Brasil, donde, en su día, había buscado refugio la familia real durante la ocupación napoleónica. D.Pedro había recibido la iniciación masónica en Rio de Janeiro, en 1822.

Durante el reinado de D.Pedro no sufrió persecución la Masonería en Portugal, aunque el regreso de los nuevos exiliados creó una situación confusa, ya que la Masonería interior y la del exilio no siempre habían actuado coordinadamente. El Supremo Consejo del Rito Escocés Antiguo y Aceptado fué fundado en 1842.

Sin embargo, los desacuerdos fragmentadores duraron hasta 1869, en que, como había ocurrido en España, se llegó a una situación política más favorecedora de las libertades. Las varias formaciones masónicas que
habían surgido entre 1834 y 1869 se fusionaron, formándose el Gran Oriente Lusitano Unido con las dieciocho logias activas existentes entonces. Algo después, el Gran Oriente Lusitano extendió su jurisdicción territorial a España, donde un número importante de Logias (muchas, andaluzas) trabajaron bajo sus auspicios hasta que, unidas, pasaron a formar luego la primera Gran Logia Simbólica Española.

Miembros del Gran Oriente Lusitano desempeñaron importantes papeles en pro de la democratización y laicización de la sociedad portuguesa (Liga Nacional de Instrucción, Academia de Ciencias Libres, etc.), apoyando ciudadanamente el advenimiento de la República, en 1910, cuando la Obediencia contaba ya con más de 100 logias.

La dictadura de Oliveira Salazar prohibió la Masonería en Portugal mediante su ley de 1935, a semejanza de lo que habían hecho las dictaduras italiana y alemana y haría la española, desde 1936 (las dictaduras comunistas hicieron lo mismo). Sin embargo, y afortunadamente, la persecución de los masones no alcanzó nunca en Portugal las dimensiones que tuvo en España. El Gran Oriente Lusitano Unido fué recreado en 1974, a la caída de Salazar, recuperando su sede tradicional de la lisboeta rua do Grémio.

A partir de 1984, varias logias inician un movimiento de aproximación a la Masonería anglosajona y a sus criterios de “regularidad”, surgiendo en 1990 una Gran Logia Regular de Portugal , que fué inmediatamente “reconocida” por las Obediencias masónicas de escuela anglosajona y que había de tener azarosa vida. En efecto, durante esa década se escindió la nueva entidad, dando paso a una Gran Logia Legal de Portugal y creando una importante confusión jurisdiccional (sobre todo, para la Gran Logia Unida de Inglaterra).

Finalmente, en 2000, abandonando el quimérico terreno de las definiciones inglesas de “regularidad”, doce logias regulares tradicionales constituyeron la Gran Logia Nacional Portuguesa, presidida por el Muy Respetable Gran Maestre Alvaro Nascimento Carva, entrando a formar parte de la Confederación de Grandes Logias Unidas de Europa. Con base en esa Obediencia y con el apoyo del Supremo Consejo de Francia, surgió el actual Supremo Consejo de Portugal del Rito Escocés Antiguo y Aceptado.

Amando Hurtado

Investigador sobre a Maçonaria

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Maçonaria Por Dentro

Numa rara oportunidade, a TVI desvendou um pouco da Maçonaria e do seu Universo Simbólico... Pela razão de optar pela discrição, esta instituição/família, onde seus membros se tratam por irmãos, tem sido um alvo apetecível da inveja, maledicência e/ou ignorância, um pouco à imagem do que acontece na vida social com aqueles que optam por uma postura "Low Profile" e se tornam alvos fáceis às mais variadas conjecturas/intrigas, apenas porque, em plena manifestação da sua liberdade pessoal, optam por manter uma sóbria equidistância na vida comprometendo-se apenas com a excelência evitando os extremismos próprios da mediocridade.

Mas uma certa visão distorcida/pouco esclarecida da maçonaria esteve presente em alguns momentos na reportagem da TVI, pela voz de D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa... "Para a Igreja é incompatível ser maçom e católico". Para criticar de seguida o ecletismo dos maçons no respeito por outros livros sagrados. Mais à frente tece uma outra avaliação negativa relativamente ao secretismo da maçonaria. O que têm estas palavras de interessante é o poderem configurar, contrariando os objectivos de quem as proferiu, profundos elogios à ordem maçónica vindos de alguém com forte ligação à Opus Dei.

Na verdade, como católico que não abdica do uso da divina razão e correspondente sentido crítico, penso como legítimo questionar a coerência/fundamento lógico de um representante da minha Igreja levantar inquisitório dedo questionando discrição e segredos alheios como mal em si mesmo. Tal só pode significar que, em futuro breve, o Vaticano abrirá as suas portas permitindo livre acesso às suas secretas bibliotecas e a tudo o que durante séculos tem sido ferozmente mantido oculto.

Se o ecletismo, em termos de respeito pelo outro e pela diversidade, é erro de que a maçonaria padece, então, com base nos preceitos cristãos que desde cedo incorporei, resta curvar-me respeitosamente à Augusta Instituição Maçónica e a todos aqueles que ao longo dos séculos escreveram a história da humanidade partilhando a pertença à Irmandade com sua condição de crentes católicos... Aliás, é curioso observar que este antagonismo de uma certa Igreja, pois sempre existiram padres maçons, não tem correspondência noutras culturas/latitudes mais parecendo resquícios de um certo catolicismo que falha/demora em adaptar-se à mudança. Só em 1992, 359 anos depois, a Igreja (João Paulo II) reabilitou Galileu...

Como maçom, ou seja, como alguém que, em relação fraterna com o seu próximo, encetou uma incessante procura filosófica de si, considero que este trabalho jornalístico só pode reforçar uma positiva imagem pública da Maçonaria, até porque os ancestrais oponentes denotaram alguma falha de argumentos que pudessem beliscar, mesmo ao de leve, a credibilidade da Instituição Maçónica.

Vídeos disponíveis no final desta página...